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domingo, 2 de setembro de 2012

Em Busca da Sobrevivência [3] - Queimando o Mau pela Raiz

Allan colocou sua mochila nas costa, a espada embainhada ao seu lado esquerdo junto a cintura  e ajeitou seu boné para evitar que o sol ficasse em sua cara, e então começou a adentrar na floresta.
O chão era uma terra  irregular  e com varias raízes saindo do mesmo , o que dificultava caminhar em alguns trechos . A maioria das arvores  possuía um tronco grosso  e eram grandes , suas folhas nasciam nos galhos muitos metros acima do garoto, porem algumas eram menores e alguns galhos se projetavam no caminho , fazendo com que as vezes um galho estivesse  na direção do rosto do jovem.
A verdade e que rapidamente Allan percebeu uma coisa, apesar do Calor intenso que fazia, o sol mesmo quase não chegava nele devido ao enorme numero de arvores , e isso era ótimo pois permitiu a Allan que economizasse seu Protetor solar.
Volta e outra , Allan precisava tirar sua espada para cortar raízes ou galhos que impediam ele de seguir caminho , usando a arma como se fosse um facão, e era inacreditável a como era afiada. Um simples encostão já era suficiente para cortar totalmente as raízes , ate mesmo as mais espessas.
O som da floresta era algo bonito na primeira vez que se entra em uma , pássaros que cantam sem parar numa tranquilidade quase que combinada . Mas com o tempo , esse mesmo som se tornava tenebroso. A sensação de claustrofobia era enorme. Allan estava andando reto a mais de 30 minutos, mas já esbarrou em um mesmo tronco de arvore irregular com cortes estranhos 2 vezes. O senso de direção é algo complicado. Seguir em linha reta sem ter um ponto de referencia em um local fechado como uma floresta e o mesmo que ficar andando em círculos  .
Ele começou a ter sede, mas sabia que não podia se dar ao luxo de gastar sua escassa água já no começo de sua aventura.
Allan já estava começando a duvidar se sua sanidade estava boa quando começou a ouvir um ''batuque'' que parecia '' We Will Rock You'' a alguns metros de onde ele estava. A curiosidade fui grande de mais  , então ele foi correndo em direção ao som.
Allan corria se desviando dos galhos e de algumas raízes sem se preocupar com mais nada. De repente, a terra em que ele pisava cedeu, e o garoto caiu em um buraco de alguns metros . Um rosto la de cima , era difícil para Allan descrever o rosto logo apos ter caído no buraco , mas antes de pensar em algo pra dizer, uma corda foi jogada e a pessoa que estava la em cima disse:
-- Desculpe, a armadilha não era pra você. Sobe ae vai, eu te ajudo!!
Allan subiu com um pouco de dificuldade pela corda, ate se ver de novo na floresta.
O cara que o salvou era maior que Allan, tinha pele clara e longos cabelos loiros selvagens , usava uma camiseta preta do Guns, calça jeans sujas  de terra e possuía um sorriso que era encorajador e amedrontador ao mesmo tempo.
-- Eu sou Cesar, prazer . . . Ei, eu acho que me lembro de você na escola . . .
-- Sim, eu também me lembro de você vagamente . . Meu nome e Allan... E pra quem era essa armadilha afinal?
-- Para animais. Eu já acordei a uns 3 dias, só que me perdi nesta floresta, meus suprimentos se esgotaram por completo . . . dai eu tive que aprender a caçar.
-- TRÊS DIAS ? Como assim? Eu acordei não faz nem uma hora direito !!
-- Eu não sei explicar, por algum motivo alguns alunos acordaram bem cedo, enquanto outros dormiram por muito mais tempo. . .
-- Espera. . . como você esta três  dias sem aguá?
-- Não estou sem água. Eu encontrei um riacho, ou rio, ou sei la o que, nunca sei a diferença. Em fim, água doce. Não e a melhor água do mundo, mas definitivamente da pra beber.
-- Você achou água nessa floresta!!?? Como?
-- Eu não sei explicar, mas meus ouvidos ficaram mais sensíveis desde que eu acordei. Eu consegui escutar o barulho da água beeeem longe de onde eu a encontrei. Eu montei meu acampamento bem perto para poder me aproveitar.
-- Mas, você não viu o vídeo? Se você acordou a 3 dias, e esta e uma das extremidades da ilha, eu e você estamos muito atrasados!!
-- Você já pensou no fato de nenhum de nos sair daqui? Digo, eu passei por bastante problemas ate chegar aqui . . .  E quer saber? Quando mais nos aproximamos do centro da Ilha, mais difícil as coisas vão ficando. Eu sinceramente estou cogitando a ficar por aqui . . .
Allan estava incrédulo com aquilo, mas a mentalidade dos 2 garotos era bem diferente, afinal, Cesar já estava ''vivendo o jogo''  3 dias seguidos, enquanto Allan acabou de começar .
Aquilo que Cesar disse, fazia sim sentido, afinal, as chances de 1 pessoa sair eram pequenas, mas ainda assim isso significava que as chances de qualquer outro que não seja essa ''pessoa'' seriam provavelmente Zero. Mesmo que todos os alunos sobrevivessem, era provável que só um ia sair da ilha, e Cesar já parecia estar bem adaptado.
-- Venha -- Disse Cesar -- Vamos para meu acampamento. Tem carne assando neste momento, eu deixo você comer comigo .
Allan olhou para o rosto de Cesar sem entender como era possível alguém sorrir no meio daquela situação, mas respondeu  com a voz ainda um pouco tremula .
-- Ok . . . Acho que  economizar meus suprimentos e uma boa ideia.

Os dois chegaram ao ''Acampamento'' . Na verdade, era algo bem simples. Havia uma barraca improvisada com panos ou cobertores esfarrapados  e uma fogueira brilhava incessantemente enquanto assava carnes  que estavam presas a galhos fincados no chão próximo ao fogo. Allan se esforçou bastante para não pensar de que animal poderia ser aquela carne.
Eles iam se aproximando quando Allan parou subitamente.
-- O que foi? -- Disse Cesar ao olhar para trás
--Eu estou preso!! -- Allan tentava se movimentar, mas seu corpo não saia do lugar. Ele olhou para baixo e percebeu que raízes estavam prendendo sua perna -- QUE MERDA E ESSA?

Cesar tentou ir ate Allan para ajudar, mas também estava preso. As raizes começavam a subir pelo corpo dos dois e prendiam eles cada vez mais.
Um adolescente pulou de um galho ate o chão bem perto da barraca. Ele era da altura do Allan mais ou menos, tinha pele morena e cabelos pretos e desarrumados , com uma expressão faminta e um pouco assustada. Então ele disse :
-- Deu certo  . . . DEU CERTO. Eu finalmente consegui acertar isso!! Continuem assim raízes, enquanto eu pego a comida desses caras!!
-- Quem diabos e você? -- Indagava Cesar enquanto as raízes já cobriam seu corpo da cintura para baixo.
-- Desgraçado, eu estava na sua sala . Não vou pedir para que lembre de mim, afinal eu nem te conheço de verdade. Só vim pegar a comida de vocês.
-- Você vai ver só quando eu sair daqui !!
-- Ai e que ta . .  Eu não entendo direito como funciona esse negocio das raizes, mas sempre que eu faço elas crescerem , elas não param mais . . . então, meio que vocês nunca vão sair dai.
-- Você e um covarde, isso sim -- Praguejou Allan
-- Covarde?  A Sobrevivência não e apenas para o mais forte, e para o mais esperto. Vocês foram idiotas de serem pegos no meu truque. Acha que eu gosto disso? Não! Eu fui traído por um colega de classe que eu pensei que era meu amigo, eu tive que mata-lo. Matar vocês vai e poupar o sofrimento . . .

As raízes que prendiam Cesar acabaram de prender o rosto dele também. No Allan, elas estavam demorando bastante, ainda estavam abaixo da cintura. Allan olhava para o garoto novo que se aproximava dele, enquanto atras a fogueira parecia queimar com mais intensidade. Ninguém tinha notado isso, mas as chamas estavam ficando cada vez mais altas.
Allan estava com ódio no olhar, e quando o cara chegou perto dele , disse:
-- Seu amigo deve ter mais alguns minutos de Ar , e daqui a pouco vai ser você!
Allan tentou se mexer movido pela raiva, sem perceber as raízes que o prendiam começaram a queimar nas pontas e iam se reduzindo a pó ate ele estar totalmente livre, ainda no impulso ele foi com toda força empurrando o garoto e jogando ele próximo a fogueira. Allan então se lembrou de Cesar. Chegou perto e colocou as mãos tentando arrancar as raízes, enquanto praguejava de raiva:
-- RAÍZES IDIOTAS!!
 Então aconteceu novamente. As raízes começaram a se queimar de onde Allan estava com as mãos, e iam se reduzindo a pó ate Cesar estar livre.
Cesar caiu ofegante de joelhos, tentando recuperar o folego. Ele estava com queimaduras bem leves no rosto, e nos braços, a camisa estava com um pequeno buraco de queimado.
Allan então voltou a olhar para o garoto, enquanto via ele tentando arrancar os galhos com carne do chão.
-- Foda-se vocês, eu não vou morrer de fome -- praguejava ele enquanto fazia força para arrancar os galhos que estavam perto da fogueira. Ele estava com o rosto cheio de suor devido ao calor das labaredas que já estavam maiores que ele mesmo.
Allan gritou de ódio e começou a correr em direção ao garoto, porem no primeiro passo, as labaredas da fogueira pareceram imitar a direção em que Allan almejava, e se jogaram contra o garoto. Ele começou a pegar fogo por completo enquanto gritava de dor, um grito agonizante que ecoava dentro da mente de Allan.
Allan se pós de joelhos e com as mãos na cabeça forçando o boné ele gritou '' PARE COM ISSO ''
O fogo no garoto aumentou incrivelmente , e em cerca de 15 segundos ele foi totalmente reduzido a pó preto
Allan estava pálido, enquanto as chamas da fogueira voltavam ao seu tamanho original.
-- O que foi . . . que eu fiz . . .
-- A coisa certa -- Disse Cesar com um sorriso no rosto --  Só que parece que sem querer você queimou a carne que estava assando. Vamos ter que arrumar mais depois


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==============Capítulos anteriores=================
Cap. 2 - O Ferro Velho e as Novas Armas
Cap. 1 - Os Jogos começam no Primeiro dia de Aula

3 comentários:

  1. É intrigante como termina esse capítulo.

    Leio esses textos, sentado na praça, após o almoço, curtindo o zumbido de uma cachoeira improvisada, quando não, com um copo de suco levemente adocicado, em minha mão esquerda.

    Uma mistura de prazer, saciedade, nostalgia e muita imaginação...

    Acho até que estou nessa ilha. Não conheço o anime mencionado, mas deve ser semelhante à OVA Greed Island de Hunter X Hunter.

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  2. Ao liminha todo culto, vey ahauahauaha

    -
    Mas eu to gostando do meu personagem hein hx

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  3. --' vei esse allan ta muito foderoso o cara tem poder vei

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